27.1.08

domingos- mais que quase tudo.

domingo invariavelmente me deixa mal. e não é nem sobre preceder a segunda-feira (talvez em outros tempo isso influenciasse, mas não é o caso agora), já que nada tenho a fazer amanhã nem em dia algum, idependente de qual for- eu às vezes canso de férias. mas parece que o mundo todo fica dominical, no domingo. assim, mesmo. eu não sei nem bem como explicar, mas é tudo mais triste e chato. tudo. você aluga um filme pra se esquivar da programação da tv, assiste ele no sofá, comendo chocolate pan (aquelas caixinhas de infância, cada uma de um tipo), e depois que o filme termina, lá vem. você subitamente lembra que é domingo, e bate aquela velha sensação. você lembra que, como acordou às quatro da tarde, já são oito da noite agora, e você nada fez do seu dia. não que eu sinta qualquer tipo de culpa por não fazer nada- absolutamente. é só que... cansa. e aí a internete não tem nada muito melhor pra te oferecer, e nem dinheiro pra sair você tem (você, no caso, sou eu). eu odeio esse momento. sempre odiei, sempre vou odiar- certeza. nem namorando esse momento é legal. provavelmente nem estando rica esse momento é legal. merda. e o pior - o pior de tudo - é que eu nem sei do que eu preciso, porque eu não quero nada. acho que eu só preciso ser salva, mesmo. é minha solução. vou jogar as tranças pela janela.

22.1.08

game over

não quero mais brincar, pessoal. o mundo tá estranhão, e não tá sendo um lugar legal, não: tá todo errado. to-do-er-ra-do esse mundo. e dessa vez nem é sobre eu estar deprimida-rabujenta-chatapacaraio. é só que tá tudo torto, de verdade mesmo. e tipos que quando eu falei que queria muito que o mundo ficasse nonsense qualquer dia desses não era bem disso que eu tava falando. essa brincadeira não é legal não, e se não dá pra sair eu to querendo, no mínimo, virar café-com-leite. quem vem junto? ou sei lá, aparece alguém aí e salva o mundo, vai.

8.1.08

feels so right

but their lips met, and reservations started to pass whether this was just an evening or a thing that would last either way he wanted her and this was bad wanted to do things to her it was making him crazy now a little crush turned into a like and now he wants to grab her by the hair and tell her.
(mas não está no repeat)

7.1.08

sem título#1

hoje eu abri o olho, deitada na cama, e quis muito não ter feito isso. voltei a dormir. atrasei o despertador umas quatro vezes, depois disso. eu queria muito continuar no mesmo sonho. era legal demais pra me deixar acordar pelo barulho repetitivo da reforma do vizinho ou pelo celular, que eu nunca sabia se estava tocando ou só me despertando. o fato é que eu consegui prolongar o sonho por algum tempo, e ele continuou muito bacana. só que depois que eu acordei, esqueci de tudo. nenhum esforço que eu faça me leva de volta a nada daquele sonho. mesmo. e eu esqueci esse assunto. aí abri o olho, deitada na cama, e vi meu quarto muito claro, e todas aquelas roupas jogadas no chão. eu tinha dormido muito mais do que o planejado. mas não que isso fosse um problema- não era. e eu esqueci. agora que já é noite me lembro de como eu fico pensando nas mesmas coisas toda vez que anoitece. não toda vez na vida, é claro. toda vez nos últimos dias. e é muito estranho que eu não esteja conseguindo ler, desenhar, nem escrever. acho que é tudo muito maior agora. me parece um momento de fazer de verdade, não de sonhar e produzir (tanto que me esqueci do sonho). é tudo tão esquisito quando a gente sente muito. toda aquela história dos apaixonados aflitos, e as comédias românticas e a clarice lispector - nada disso chega perto desse tudo real. nada mesmo. acho que eu preciso encontrar uma música, e ligar o repeat. sempre funciona.

1...2...3...4, 5, 6, 7!

  • can't sleep
  • can't eat
  • can't think straight

3.1.08

llovió

eu aqui, e tudo-tão, e a chuva chovendo. como? meu coração batendo, eu até perfumada (com o perfume antigo- o meu preferido ficou em casa), e a chuva. as nuvens escuras me assustaram, e eu torci (torci de verdade) pra chuva atrasar, mas nada. foi só eu me arrumar e ela caiu, desabou, fez barulho e água. minha cabeça já hé tempos trabalhando, mil coisas. me surpreendi com a rapidez com que escolhi a roupa e com o jeito como meu cabelo ficou bonito, mesmo tendo secado sozinho (ele não costuma saber como é que eu quero que ele fique) - parecia tão certo. e aí, a roupa escolhida, o cabelo bonito, o perfume passado, e um trovão me avisa que a chuva não se atrasou. a água escorrendo pela rua-ladeira, e eu na janela. o coração já desacelerado, e a chuva caindo. e o perfume me lembrando que eu me arrumei. e a chuva lá, sem nem saber o que tinha feito com meu dia. caindo indiferente, toda chuva, molhada e apática, sem nem me ver na janela, sem nem se importar com a minha ansiedade e meu medo, que ela desconhece e não quer passar a conhecer. se a chuva caísse com culpa ou arrependida, eu esperaria pacientemente na janela, até que pudesse sair- mesmo com o perfume desgastado. mas a chuva não sente culpa, não sente nada por mim. e aposto que se ela soubesse que eu existo, e que estou impaciente e aflita atrás do vidro, me olharia rindo, e chovendo, chovendo, e chovendo. quero ver um dia a chuva se arrumar pra sair e o mundo todo estar coberto com guarda-chuvas: ahá, chuva, e agora? ninguém mandou, pode ficar aí sentindo o seu perfume sozinha. (mas não dá, não dá. a chuva está sim caindo, e quem está perfumada e aflita sou eu. ah...)

1.1.08

faz a sheila

- é uma regra de três: deus está para rei leão assim como jesus está para sheila mello.

- isso não é uma regra de três, aí tem quatro.

- mas regras de três têm quatro, pra poder multiplicar em cruz, ué.

- mas polý, tem que ter uma incógnita!

- ah, mas a sheila É uma incógnita.

(eis um pequeno fragmento transcrito do meu reveillon. que 2008 continue mais ou menos assim.)