22.5.10

coração batendo rápido demais

para vocês que entram aqui procurando sobre corações que batem muito rápido, talvez não tenha muito o que dizer: o google provavelmente os mandou pro lugar errado, não foi dessa vez, siga participando. aqui não é um blog de medicina e eu não sou cardiologista médica curandeira pra te ajudar com a tua taquicardia. o máximo que posso falar sobre corações é no nível do amor e das metáforas bestas, ou até de descrições sinceras do comportamento do meu próprio coração, que tende a variar de extremo a extremo. mas nada que possa te ajudar com o teu. nesse exato momento, o que tenho pra dizer sobre coração-batendo-rápido demais é que hoje senti um coração além do meu, e que fazia muito tempo que eu não tinha essa sensação tão específica e única: a de ter na palma da minha mão a batida acelerada do coração de outra pessoa. mas, de novo, nada que possa te ajudar. volte para o google.

20.5.10

everyone is leaving, i'm still with you

se o que você quer é alguém do teu lado, te conto que não vou sair de perto tão cedo (só porque gosto da tua companhia). então acostume-se: você não vai nem ter tempo de esquecer meu perfume (a menos que você queira- e eu duvido).

11.5.10

(...) que só você saberia como é.

que o que eu preciso é da tua mão encostando em mim, tocando qualquer parte que você pudesse alcançar, qualquer curva que você quisesse explorar primeiro. queria teus dedos nos meus, entrelaçados e apertando forte, como minha mão apertava forte a tua cintura, simulando e antecipando a força com a qual teus dedos puxam meus cabelos, abrem minhas pernas, fecham minha boca. queria tua mão no meu rosto, na minha nuca, na minha bochecha. teu dedo na minha boca, na minha coxa, dentro de mim. queria as pintas do teu braço, do teu ombro, do teu peito, todas elas. queria o suor do teu rosto e do teu corpo inteiro, tua saliva na minha, na minha pele, no meu suor, no meu gozo. que eu preciso ouvir cada palavra suja que você tiver pra me dizer, cada ordem, cada insulto. pra depois voltar mão com mão, dedos entrelaçados, pele na pele, abraço forte e apertado de todo o suor e fluídos, ofegar mais uma vez, e dormir assim, numa noite tão nossa (...)

10.5.10

geralmente não transcrevo do caderno pro blog

peço desculpas sinceras por escrever tanto sobre você. por colocar em palavras cada imagem cada detalhe cada faísca. mas entenda: é o que me resta. naquela manhã você me tirou muitas coisas. me tirou a capacidade de omitir o que você provoca no meu estômago garganta coluna nuca coração. me tirou o pouco de estabilidade que me restava, me tirou o chão (trocando por aquele chão sujo de pedras com as nossas sombras de pássaros projetadas). e não é que eu te culpe por isso- não. sei que te dei todo o espaço e até um pouco mais, e sei que no fundo quem me tirou tudo isso fui eu. devo até ter te pedido: por favor, mude tudo entre nós, me confunda, mess me up. a gente nunca sabe o que realmente quer, e se não fosse por esse tipo de coisa talvez minha vida fosse miseravelmente chata. assim eu me ocupo; me preocupo; me preencho. mas fruto disso é a necessidade de escrever (e tenho certeza que disso você entende), que vem como um jeito de tentar organizar o inorganizável, prever o imprevisível, e entender o não-entendível. e que bom que seguem as negações: o último que quero é acelerar ou bagunçar mais as coisas. prefiro o frio na barriga, o medo, os tremores, a tensão. só preciso descarregar um pouco.

9.5.10

eu só queria que você soubesse que

passo a vida inteira tentando esconder muitas coisas de você. não escondo tudo que posso, porque admito que algumas coisas meu ego quer mais é te mostrar, ver um sorriso de volta, uma risada, um elogio, um comentário pervertido. mas tudo o que escondo, assim que saio de perto de você, desabo de vontade de te contar. e aí choro porque não cabe em mim, porque é tudo teu. mas por mais que, sozinha na minha cama, decida que amanhã vou te contar tudo, te explicar tudo, ser franca, te mostrar cada pedacinho de mim que eu venho escondendo até então, assim que te encontro minha coragem se perde, e tudo que eu consigo fazer é parar de respirar, sentir um nó gigantesco na minha garganta (você não sabe como é difícil engolir a saliva quando você está por perto), e talvez derrubar algumas coisas no chão.

7.5.10

o post que substitui fracamente aquele mais cheio de detalhes confusos e fragmentos impublicáveis

perdemos tanta coisa, pra ganhar outra tão melhor, mas onde é que colocamos tudo isso quando parece não haver espaço nenhum em nossas vidas? e algum espaço sempre há- ou as coisas não existem. e não achei que ia me perder tão rápido em tanta coisa. e agora preciso me achar, e fazer tudo caber.

4.5.10

...or maybe this is danger and you just don't know

tá certo que ando sensível e que estou naquele momento em que estou pronta pra me apaixonar por qualquer pessoa a qualquer momento. tá certo que talvez seja só um jeito de me sentir menos sozinha e menos perdida, e também tá certo que talvez no teu lugar pudessem estar várias outras pessoas. mas é que de todas as pessoas que andam passando na minha vida, a única que realmente tem ocupado espaço é você. não que isso seja necessariamente algo grave, não, não estou dizendo aqui que te amo, que me apaixonei perdidamente e que agora só penso em você mais nada mais ninguém. só que eu sei que aquele dia não chorei de cansaço nem de tpm nem de raiva, foi só porque me peguei pensando demais em você, me preocupando demais, como a gente faz com quem a gente realmente gosta. e sei também que por mais que eu brinque na frente de todo mundo, quando estamos só nós dois minha coragem se perde e eu fico toda aflita medindo cada comentário (e se mantenho a segurança é só porque anos de timidez me ensinaram que a transparência não ajuda em nada: eu preciso me preservar). e aí quando vi umas lágrimas, uma voz falhando, pensamento trêmulo, garganta apertando, soube que você estava ali de verdade, na minha frente, olhos nos olhos- e minha vontade foi de te abraçar muito forte outra vez, e ficar do teu lado (eu queria continuar com você-de-verdade, daquele jeito tão sincero), e dizer que eu sabia que se você fazia carinho em mim não era por acaso nem por brincadeira.

1.5.10

fui abraçada e percebi que sentia muita falta dessa sensação

e é tão óbvio dizer que o que me faz falta é ter alguém com quem ver filme no sábado à noite e conversar sobre o que aconteceu no dia, e ter quem abraçar (ah! o contato físico...!). mas é óbvio justamente porque esse é o tipo de coisa que faz falta mesmo. e eu realmente preciso de mais calor na vida, sabe. antes que minhas mãos fiquem tão frias e tão azuis que não voltem mais.